
Amigos, meus bons amigos,
Conhecem aquela sensação... ( eu sei que conhecem ) de medo ( pânico ) perante o desconhecido, de espreitar o abismo e contemplar simplesmente um manto de nuvens que nem vos deixa vislumbrar o paraíso que ( acreditam vocês ) está lá embaixo... bem por debaixo das nuvens?
Conhecem aquela sensação de estar na orla da montanha, de olhos fechados... sabendo que querem saltar... um salto no escuro, um salto no desconhecido... e esperando que do outro lado das nuvens, na terra prometida, algo vos ampare a queda, algo vos receba nos braços, algo vos diga que nem tudo são cantos de sereia?
Conhecem tudo isso?
Conhecem o sabor amargo da monotonia, o ritmo gasto dos passos, o tilintar costumeiro de todos os hábitos, de todas as coisas que já foram deliciosas e agora se resumem a confortáveis silêncios e palavras de ocasião?
Conhecem aquela sensação que – pela menos uma vez na vida – vos rasga por dentro e vos implora que – pelo menos, pelo menos uma vez – arrisqueis e ... tenteis ser mais do que aquilo que já sois?
Conhecem aquele ditado que diz que “ o coração tem razões que a razão desconhece?”
Conhecem?
Perdoem a a ausência... todos vocês, aqui à volta da fogueira.
Eu fui ... fazer o meu salto ... no desconhecido.
Atravessei o manto de nuvens, num salto sem rede, em busca da terra prometida.
E a todos vós confesso... estou feliz. Muito.
( Deixem-me responder a todos os comentários... amanhã terei aqui no nosso cantinho café fresquinho e uns bolinhos deliciosos )