- Vá… vai tu primeiro…
- Eu ? Porquê? Eu sou rapariga, tu és rapaz… tu tens que ir à frente…
- Mas eu sou… cavalheiro. E além disso, sei que estão à tua espera… em primeiro lugar…
- … Hum… parece-me ver aí uma pontinha de… medo, talvez?
- Medo? Não digas disparates… Os homens não têm medo, isso é coisa de mulheres…
- Convencido… então vá, vamos os dois ao mesmo tempo…
- Ao mesmo tempo? É impossível.
- Se tu já tivesses nome, eu agora rogava-te uma praga… és rapaz… mas és um medricas… mas não faz mal, eu vou à frente…
- Faz favor… e vê se não choras muito, está bem?
- Chorar? Porque não ? Eu gosto de chorar…
- Mas eu não gosto de ver as raparigas chorar… não me sinto bem com isso…
- Não há dúvida… tu nem pareces meu irmão… e muito menos irmão gémeo…
- Sim, sim, sim… vá… vai lá, vai lá, que a mãe já está a ficar impaciente…
- Está bem… desejas-me sorte?
- Oh, irmãzinha… claro que sim… toda a sorte do mundo…. E agora, deixa-te de conversas e vê se nasces… está bem?
- Prometes que vens logo atrás de mim?
- Prometo, está descansada… vá, vai lá…
Deu-lhe um beijo na testa e empurrou-a suavemente.
Segundos depois, ouviu-a chorar.
Sorriu, aliviado. Agora chegara a sua vez.
- Pronto… chegou a hora… vamos a isto…
. Sinais
. O rei morreu... Viva o re...
. Fé